domingo, 5 de maio de 2013

Situação de Aprendizagem (Juvencio F. Lima) - Texto: Avestruz

SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Gênero “Crônica Narrativa” – Elementos da Narrativa – Interpretação/Compreensão Textual
Texto: Avestruz
Nesta Situação de Aprendizagem serão apresentados aos alunos o gênero textual “crônica” e suas principais características; além disso, serão retomados os elementos da narrativa, no entanto, o foco estará na percepção do foco narrativo e na compreensão/interpretação do texto pelos alunos. Espera-se que, ao final das atividades propostas, o aluno seja capaz de reconhecer o gênero em estudo, a narrativa com foco na 1ª. pessoa e que tenha compreendido o texto como um todo significativo.
Ano: 8º. Ano do Ensino Fundamental.
Tempo previsto: 06 aulas.
Conteúdos: conceito de crônica; retomada dos elementos da narrativa (com ênfase no foco narrativo); leitura do texto “Avestruz”, de Mario Prata; roteiro de perguntas e produção escrita.
Competências e habilidades: conhecer o gênero “crônica narrativa”, identificar os elementos narrativos (ênfase no foco narrativo); interpretar um texto pertencente ao gênero em estudo.
Estratégias: estudo do gênero e dos elementos da narrativa; leitura e interpretação do texto “Avestruz”; discussão com os alunos fazendo as devidas intervenções.
Recursos: Cópia do texto; uso de datashow para reprodução dos slides com o conteúdo das aulas e uso da sala de informática.
Avaliação: produção de um questionário e debate em sala.

           
1º Passo: o professor apresenta aos alunos o plano de aula contendo o tema (assunto) a ser trabalhado durante a semana, os respectivos objetivos e o que será avaliado.
2º. Passo: para trabalhar o conceito de crônica, o professor, após pesquisa, entrega para os alunos (em grupos) exemplares de jornais e revistas e, em seguida, direciona os alunos para a leitura de um determinado texto, ou seja, uma crônica. Nessa etapa, o grupo pode eleger um representante, que, após a leitura com os colegas do grupo, lerá o texto para toda a sala. Espera-se com isso que os alunos obtenham as primeiras impressões a respeito do gênero textual em estudo. Durante a leitura, o professor pode fazer intervenções apontando os aspectos que julgar importante para as etapas seguintes. Por exemplo: O que os textos têm em comum? Trata-se de textos longos ou curtos? Eles são parecidos com outros gêneros textuais? E quanto à estrutura?...      
3º. Passo: apresentação do conceito de crônica e focalização dos aspectos presentes nos textos lidos de acordo com a definição adotada e os textos pré-selecionados pelo professor.
 
O que é Crônica:
Crônica é uma narrativa histórica que expõe os fatos seguindo uma ordem cronológica. A palavra crônica deriva do grego "chronos" que significa "tempo". Nos jornais e revistas, a crônica é uma narração curta escrita pelo mesmo autor e publicada em uma seção habitual do periódico, na qual são relatados fatos do cotidiano e outros assuntos relacionados à arte, ao esporte, à ciência, etc.
Os cronistas procuram descrever os eventos relatados na crônica de acordo com a sua própria visão crítica dos fatos, muitas vezes através de frases dirigidas ao leitor, como se estivesse estabelecendo um diálogo. Alguns tipos de crônicas são a jornalística, humorística, histórica, descritiva, narrativa, dissertativa, poética e lírica.
Disponível em: < http://www.significados.com.br/cronica/>, acesso em 29 de abril de 2013.


4º. Passo: após esclarecer as possíveis dúvidas dos alunos, o professor propõe a leitura da crônica Avestruz do autor Mário Prata. No entanto, antes da leitura, o professor fala um pouco sobre a vida e obra do autor a fim de despertar nos alunos o interesse por outros textos e obras do autor em questão. O professor propõe que a primeira leitura seja individual e pede aos alunos para lerem quantas vezes acharem necessárias e pede, também, para que os mesmos registrem, caso seja necessário, os vocábulos e expressões não conhecidas.
5º. Passo: neste momento, o professor retoma o conceito de gênero e propõe aos alunos uma atividade de revisão dos elementos da narrativa, estudados em anos anteriores, porém presentes no texto lido. Para isso, o professor, a partir de um modelo explicativo, solicita aos alunos que preencham um quadro de informações que deverá ser corrigido e discutido em seguida.
 
Aspecto
História analisada
Foco narrativo
1ª. ou 3ª. pessoa?
Personagem
Quais são?
Enredo
Quais os principais acontecimentos da história, na sequência em que são apresentados?
Tempo
Quanto tempo a história parece apresentar? Há marcas da passagem do tempo no texto? Quais?
Espaço
O que sabemos sobre os espaços em que as personagens vivem as ações?


6º. Passo: após a correção/discussão da atividade anterior, o professor retoma a leitura do texto fazendo ele mesmo essa leitura. O objetivo agora é fazer com que os alunos percebam cada detalhe do texto (pontuação, entonação, sequência da narrativa...). Ao término da leitura, o professor procura, por meio de perguntas, ativar o conhecimento de mundo dos alunos fazendo perguntas como: Quem já viu um avestruz? Como ele é? Quem sabe como são seus hábitos? etc.
7º. Passo: O professor apresenta para os alunos um questionário com perguntas relacionadas ao texto. O objetivo aqui é fazer uma interpretação dos acontecimentos narrados e de seus personagens. Dessa forma perguntas como: Por que o garoto queria uma avestruz? Onde viviam as personagens da história? O que eles eram? etc. são necessárias para o objetivo proposto.
8º. Depois de explorar tais aspectos, o professor deve aprofundar os estudos na compreensão do texto. Percebe-se em sua construção que o autor faz uso da descrição e do humor para caracterizar a avestruz. Assim, o professor pode explorar a maneira como o autor descreveu o animal, quais as comparações feitas e se são os não verdadeiras, se são possíveis ou não. Seria interessante propor aos alunos uma pesquisa a respeito desse animal e seus hábitos.
9º. Em seguida, o professor pode explorar com os alunos por que o autor usou os termos “menopausa”, “TPM” e “gigolô” no texto. Uma vez que tais palavras causarão certa curiosidade aos alunos. É interessante fazer com que eles discutam e cheguem a uma ou mais conclusões. No entanto, o professor deve estar atento no direcionamento da discussão. Além dos termos mencionados, seria interessante perguntar aos alunos o porquê de o menino gostar e querer criar em casa animais tão distantes da realidade urbana? A produção de hipóteses expande as possibilidades de interpretação, o que torna o texto mais rico.
10. Por fim, o professor pede aos alunos que produzam um pequeno texto apontando seus comentários pessoais, impressões, expectativas e outras possibilidades de finalização para a história.

Bibliografia
DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita – elementos para reflexão sobre uma experiência suíça (francófona). In: Gêneros orais e escritos na escola. Campinas: Mercado das Letras, 2010.
ROJO, R. H. R. (2002) A concepção de leitor e produtor de textos nos PCNs: “Ler é melhor do que estudar”. In M. T. A. Freitas & S. R. Costa (orgs) Leitura e Escrita na Formação de Professores, PP.31-52. SP: Musa/ UFJF/INEP-COMPED.
Caderno do professor. Língua Portuguesa: ensino fundamental. 5ª. série. 1º. Bimestre/Eliane Aparecida Aguiar – São Paulo: SEE, 2008.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Proposta de Situação de Aprendizagem



Meu Animal de Estimação

Público Alvo: 6º ano Anos Finais

Duração: 2 aulas.

Objetivos: Desenvolver e aprofundar a capacidade de leitura utilizando-se de estratégias.  


Recursos: Cópias do Texto "Avestruz" de Mário Prata.

Etapas:

1.Ativação do conhecimento prévio
2.Antecipação ;
3.Checagem de hipóteses.

Antes de mostrar o texto aos alunos, o professor poderá fazer os seguintes questionamentos, oralmente:

Você conhece um avestruz?Alguém já viu um?
Descreva como é;
Sabe como é?
Como você imagina que seja um avestruz?

Depois, o professor deve fazer a leitura oral do texto de Mário Prata.

Para discutir as questões do Gênero do texto, o professor poderá se utilizar dos seguintes questionamentos, oral e/ou escrito:

Quem escreveu?
Onde foi divulgada?
Para quem?
Qual a intenção? 

Para estudar a finalidade do texto, o professor poderá propor uma atividade que leve os alunos pensarem sobre:

Para quem foi escrito o texto?
Qual era a intenção?

Como atividade de Produção de Texto, pode ser solicitado, ao aluno, que escreva um relato sobre seu Bichinho de Estimação ou sobre o animal que gostaria de ter como de Estimação.

Para que o aluno possa aprofundar suas reflexões sobre o assunto, o professor poderá sugerir ou passar fragmentos do filme "Os pinguins do papai", estrelado por Jim Carrey, dirigido por Mark Waters.



Por Marcio Jean Fialho de Sousa.

























sexta-feira, 26 de abril de 2013

Meu Perfil Profissional


Olá pessoal,

Meu nome é Marcio Jean.
Sou Graduado em Letras em 2002, pelo Pontifício Centro Universitário Assunção, Especialista em Língua Inglesa pela Unesp e Teologia pela PUC/SP, Mestre em Letras (Literatura Portuguesa) pela FFLCH - DLCV da Universidade de São Paulo (2008) e, atualmente,  Doutorando pelo mesmo Departamento e Universidade.
Professor Efetivo nos cargos de Português e Inglês na Rede Estadual de Ensino da SEE/SP, desde 2000; atualmente atuo designado como PCNP de Língua Estrangeira Moderna e, ainda, Língua Portuguesa para as Escolas Prioritárias, na Diretoria de Ensino Sul 3, além de ministrar algumas aulas de Português na E.E. Prof. Dr. Laerte Ramos de Carvalho.
No meu tempo livre, gosto muito de brincar com meus filhos (tenho dois) Tiago e Maria Eduarda, conversar com Amigos e acompanhar os jogos do São Paulo, time do coração.
Meus livros favoritos são: “A Relíquia”, de Eça de Queirós, “Morte e Vida Severina”, de João Cabral de Melo Neto e “Great Expectation”, de Charles Dickens.
Filme: “A Vida de David Gale”, do diretor Alan Parker.
Paradoxalmente, sou fã incontestável de Eça de Queirós e amante da Língua Inglesa, acredito que haja a possibilidade de um mundo melhor a partir da educação e é isso que me faz insistir no trabalho exaustivo da educação formal, apesar de ver os erros do passado serem repetidos no presente.
Abraços a todos!!!

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Depoimento de Leitura e Escrita - Juvencio Lima


Passei grande parte da minha vida morando em uma pequena cidade do interior de São Paulo chamada Santo Expedito. Minha infância foi marcada por brincadeiras e pela criação de um universo próprio, cheio de aventuras e sonhos. Lá, tive a oportunidade de estudar em uma escola que possuía uma grande biblioteca e que, nos meus olhos infantis, parecia enorme. E na verdade era. Cada livro que lia fazia com que meu mundo se expandisse um pouco mais. Lembro-me que gostava de percorrer as estantes e ler os títulos dos livros, de folhear cada um, de esticar os pés para tentar alcançar os que ficavam no alto das estantes e que "eram para adultos", de correr pelo espaço a procura do livro ideal. E foram muitos de lá para cá. Aprendi a ler e escrever por meio de cartilhas, de textos copiados da lousa, de rodas de conversa, de ouvir e reproduzir histórias. Aprendi a ler e escrever com a ajuda de meus pais, da tia Léa, Marta, Valéria e com a própria vida. Ah, não posso me esquecer do meu tio Severiano que aos domingos nos encantava com suas histórias – narrativas produzidas a partir de suas vivências como viajante.  Aprendi que ler e escrever alimenta minha alma, aguça meus sentidos, me orienta e às vezes me desorienta, me faz sonhar e, também, a enxergar a realidade com os pés no chão. Se pudesse me definir, diria que parte de mim é o que li e escrevi; a outra é o que ainda pretendo descobrir.

Perfil Juvencio Lima


Meu nome é Juvêncio, sou professor de Língua Portuguesa na Rede Estadual de Educação e também faço parte do corpo docente da Prefeitura de São Paulo. Estou há cinco anos na função de Coordenador Pedagógico em uma escola Estadual no município de Guarulhos. Sou natural de Santo Expedito, cidade do interior do Estado, local onde nasci e vivi muitos anos de minha vida e onde possuo grandes laços afetivos. Sou formado em Letras e Pedagogia. Possuo pós-graduação em Língua Portuguesa e Comunicação e Mídia. Gosto muito de viajar, ler, ouvir música, assistir filmes, estar com a família e amigos.  Atualmente, tenho me dedicado a leitura da obra de Carlos Drummond de Andrade e a muitas outras que no momento me interessam. Espero que tenhamos um curso proveitoso, motivador e que possamos nos enriquecer uns com os outros.

Depoimento de Leitura 2


Ivone,
 
Lendo seu depoimento em diálogo com a Núbia, lembrei-me de uma frase que um professor que tive na universidade, ele sempre dizia que na verdadeira leitura era o livro que nos escolhia e não o contrário, ou seja, muitas vezes passamos por um livro, às vezes, até o lemos, mas pode ocorrer que num outro momento nos interessamos em ler ou reler tal obra com outro estímulo e nos surpreendemos. É esse o fato que fazia tal professor emitir tal opinião, pois é nessa leitura que o melhor do livro e/ou texto será evidenciado.
Achei muito interessante você também ter retomado práticas de leitura que, por vezes, são deixadas de lado ou até mesmo esquecidas na sala de aula, mas que são de fundamental importância para o processo de ensino de leitura dos nossos alunos, pois como afirmou Roxane Rojo no texto que utilizamos na Oficina 1, do encontro presencial em Águas de Lindóia , ler é um ato procedimental e que, por isso, deve ser ensinado e estimulado.

Marcio Jean.

Depoimento de Leitura


É uma boa sugestão respeitar as leituras do outro, no nosso caso do aluno, pois essa atitude vincula sentimentos de amizade, parceria e compreensão. No entanto, como professores devemos buscar estratégias de incentivo à leitura diferentes daquelas que se fazem fora da escola. As rodas de leitura, os saraus e atividades em grupo em que cada aluno apresenta o livro do mês de que mais gostou - por exemplo -  são práticas pedagógicas de leitura que a escola (professor) pode desenvolver.

Ivone Islas

Melhor Gestão, Melhor Ensino

Este Blog é fruto das atividades desenvolvidas na etapa 2 do curso  “Melhor Gestão, Melhor Ensino”  oferecido pela Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, por meio da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores do Estado de São Paulo "Paulo Renato Costa Souza" (EFAP) e da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB), com foco na gestão escolar e no processo de ensino e aprendizagem de Língua Portuguesa. Com o objetivo de melhorar o desempenho dos alunos dos Anos Finais do Ensino Fundamental nessa  área do conhecimento, essa ação envolve cerca de 45 mil educadores da rede estadual paulista dos Anos Finais – 6º ao 9º ano – do Ensino Fundamental,  visando beneficiar aproximadamente 1,7 milhão de alunos.
E, nós, responsáveis pelo Blog “melhorgestãomelhorensinog5”, que ora você visita, compomos o grupo 5 da Turma 2 de Formadores, isto é, somos 5 nesse contingente de 45 mil participantes!
Arregaçamos as mangas, abrimos portas e janelas, trocamos  horas de lazer por momentos significantes de estudo, para organizar, reinventar, criar e recriar aprendizagens neste espaço online: vivo, repleto de informações e de oportunidades para troca de experiências...
 Esperamos, pois, novamente sua visita e desejamos que você encontre aqui muitos motivos para se divertir, se emocionar e quiçá descobrir um pouco mais sobre o valor da leitura,  da escrita e da aprendizagem significativa.